Conhecido intérprete do Carnaval perde batalha contra câncer de próstata diagnosticado em 2022

A cidade do Rio de Janeiro lamenta a perda de Melquisedeque Marins Marques, popularmente conhecido como Quinho do Salgueiro, que faleceu aos 66 anos na última quarta-feira (03), ao ser admitido no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio confirmou o falecimento após sua entrada na unidade hospitalar. Quinho, uma das vozes mais marcantes do Carnaval carioca, vinha travando uma batalha contra um câncer de próstata desde 2022.

Sua trajetória no Carnaval teve início no Bloco Boi da Freguesia e teve passagens notáveis pela União da Ilha do Governador, Salgueiro, São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca, Acadêmicos de Santa Cruz, Rosas de Ouro em São Paulo, e na Vila do IAPI em Porto Alegre. Contudo, seu maior destaque sempre esteve ligado ao Salgueiro.

Quinho obteve seu último e nono título em 2009, conduzindo a vermelho e branca da Tijuca à vitória com o samba “Tambor”. Após um período afastado, retornou ao Salgueiro em 2019, compartilhando o carro de som com Emerson Dias.

A despedida de Quinho do Salgueiro será realizada nesta quinta-feira (04), na quadra da agremiação, localizada no Andaraí, Zona Norte do Rio, das 15h às 20h. O velório acontecerá na sexta-feira (05) na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, a partir das 9h, seguido pelo sepultamento às 13h.

O artista era reconhecido por entoar diversos gritos de guerra carnavalescos, que se tornaram sua marca registrada, tais como “Arrepia, Salgueiro!”, “Ai, que lindo”, “Pimba, pimba” e “Vai pegar fogo no gongá”. O perfil oficial do Salgueiro no Instagram confirmou o falecimento de Quinho.

Em uma emocionante homenagem, o Salgueiro expressou: “Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval”.

“Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro”, declarou o Salgueiro. “Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta; foi o reencontro emocionante de um filho pródigo com a casa que sempre foi sua. A ausência de Quinho deixa um vazio indescritível. Hoje, não choramos apenas a perda de um grande artista; choramos a partida de um membro querido da nossa família. Que sua voz ressoe eternamente nas avenidas, nos corações dos sambistas e em cada canto do Salgueiro. Descanse em paz, Quinho, pois sua música continuará a embalar nossas almas”, concluiu o Salgueiro.

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