Vice-campeão do ‘BBB 24’ diz que inscrição foi feita de maneira errada por outra pessoa
Acusado de fraudar cota racial para ingressar na universidade, o ex-BBB Matteus Amaral se pronunciou nesta sexta-feria, 14, afirmando que sua inscrição no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), em 2014, foi feita de maneira errada por outra pessoa. Internautas, revoltados com o episódio, acharam um post do perfil de Matteus no X comemorando a matrícula na faculdade.
Acusado de fraudar cota racial para ingressar na universidade, o ex-BBB Matteus Amaral se pronunciou nesta sexta-feria, 14, afirmando que sua inscrição no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), em 2014, foi feita de maneira errada por outra pessoa. Internautas, revoltados com o episódio, acharam um post do perfil de Matteus no X comemorando a matrícula na faculdade.
Assim que o assunto tomou conta das redes sociais, se tornando um dos mais comentados, Matteus compartilhou um comunicado dando sua versão, lamentando e se defendendo das acusações:
“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, disse ele, completando: “‘Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”.
Nesta sexta-feira, um ativista afirmou que fez uma denúncia formal protocolada no Ministério Público Federal (MPF) para que o vice-campeão do “BBB 24” responda pelo crime de falsidade ideológica. Ele solicita uma investigação tanto contra Matteus quanto contra a instituição de ensino.
“Acabo de abrir a denúncia no Ministério Público Federal de protocolo MPF 20240036442 para que Mattheus responda pelo crime de falsidade ideológica”, afirmou o ativista Antonio Isuperio.
O responsável pela denúncia atua em uma organização internacional de Direitos Humanos. Na denúncia, Isuperio argumenta que Matteus utilizou uma autodeclaração falsa para ingressar no curso de Engenharia Agrícola.
“Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideológica para adentrar a Universidade. A faculdade e o indivíduo devem ser responsabilizados. A faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade Ideológica,” afirma Isuperio na solicitação que a “Contigo” teve acesso.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), onde Amaral estudou, confirmou que ele se inscreveu nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. A instituição, no entanto, esclareceu que, na época, a única exigência para inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato, conforme a Lei de Cotas de 2012.
“Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos”, explicou o IFFar em nota, completando: “Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Os editais, contudo, continham a informação de que, ‘a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula’.”
O caso veio à tona na última quinta-feira (13) e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, tornando-se um dos assuntos mais comentados.